domingo, 15 de julho de 2012

S/título

De dia de luto,
De noite escuto
O que apraz
A minha alma tenaz.

Em sonhos me vêm,
mais certo que têm,
mascarados de almejos,
os famosos desejos.

Confrontados com a realidade
abalam a verdade.
Jamais serei da realeza
sofrendo com esta dureza.

Certo dia, um jovem
o meu coração arrebatou.
Prometi-lhe cantigas,
das mais destemidas!,
se este acabasse com o que começou.

De nada amedrontado,
foi enviado para exigir comando
e, assim, possante,
tornou-se comandante.

Não foi fácil, mas sendo volátil
fez-me acreditar
que se pode amar.

Salvando-me da desordem
o mundo arrebatou-se-lhe, não por ele, mas por mim,
encerrando este frenezim.

Prometo-lhe, assim, de agora em diante,
conduzir este amante,
amar e ser amada,
sem nunca fazer cagada.

Sem mais demora,
a aflição já não tem hora.
Aqui jaz
a minha desconfiança fugaz.


-- 29/09/2010--
   23:04

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